quinta-feira, janeiro 17, 2008

Três linhas, dois acontecimentos e um café…



Hoje choveu em mim enquanto eu caminhava pro trabalho.

Por causa disso comprei o meu café predileto, graças a ele o dia começou bem.

E então eu entendi o que a vida queria me dizer….





O que estou escutando?_ "Time & Space" by The Cinematic Orquestra

Por que?_ Me lembra de coisas que não sei bem o que são...

Que frase estou pensando?_ "He who awaits much can expect little" by Gabriel Garcia Marquez
Se fosse um filme, qual seria?_"A Liberdade é Azul" by Kieslowski

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Love in the Time of Cholera

Encontrei esse texto perdido por aí. Mais um da série 'escrevi mas não mandei'...

"Querido estranho amor, adeus.
Me despeço com dor e nó.
Assim vou, assim te deixo ir.
Sem mais explicações, sem mais palavras vazias.

Falamos demais, fizemos de menos,
o tempo passou e aqui estamos nós, partindo.
Imaginamos, não vivemos.

Por enquanto sofro.
Por enquanto ainda choro.


Saibas que com o tempo me arrependerei,
das noites sofrendo sem saber do seu amor,
das esperanças não correspondidas,
dos sonhos de menina desperdiçados, despedaçados.

Querido estranho amor, adeus.
Estas palavras sei que nunca irás ler.
Quando souberes do meu adeus,
há muito não existirei mais em ti.

Você esquecerás (já esqueceu?) e encontrarás um outro alguém.
Rasgarás minhas palavras, minhas fotos.
Rasgarás as memórias de nós dois.
Farei o mesmo. Somos assim.

As nossas mensagens não significarão mais nada para ambos,
as boas lembranças darão espaço ao arrependimento,
e por fim não saberemos mais um do outro.

Me esqueças, se já não o fez. Esquecerás do bem que te fiz.
Será ódio, será rancor, será esquecimento.
E então partiremos sem dizer adeus.
E partimos.

Você não olhou para trás, eu fingi que não me importei.
And we called it a day.

Querido estranho amor, adeus.
Desculpe-me se lhe machuquei,
mas amar só assim sei.

E seguimos o nosso destino em direções opostas, distantes.
Seguimos para um novo amor,
em busca de um novo alguém,
a caminho de um novo adeus.

Boa sorte a você. Boa sorte para nós."

sexta-feira, janeiro 04, 2008

O Estrangeiro...


Alguém aí sabe me dizer quanto pesa uma lembrança?

Quando se pode ver o passado cruzando o seu caminho, andando de mansinho, pra que consigas olhar no fundo dos olhos da saudades, e não saber bem o que dizer.

Quando se cruza a ponte que separa o passado do presente é como seguir para um mundo tão querido e tão distante, uma verdadeira terra estrangeira tão conhecida mas na qual se é visita, onde se está só de passagem.

A verdadeira solidão é ser um estrangeiro em casa.

Lembramos do cheiro, lembramos das cores, lembramos das formas guardadas na memória e tudo em vão. A vida mudou, o nosso olhar mudou. Nos transformamos em algo que não sabemos ainda explicar. O novo eu, cheio de experiências novas e uma percepção diferente.

A nova realidade, a nova pessoa, o novo jeito de se olhar pro mundo: isso é crescer? Este é o peso dos anos que passam? Alguém aí sabe me dizer?

Qual o peso de não ser mais parte? De ser o objeto estranho, o elemento transformador, o estrangeiro? A sensação é fria e o peso que tem eu não sei bem explicar.

Tão perto e tão longe. Lembranças e reencontros. Passado e presente se confrontam, vamos ver quem é o melhor. (Que não vença o passado, pois este não se pode ter de volta).

Alguém aí sabe me dizer o quanto pesa um último olhar antes da partida?

Eu não sei.

Mas quando se é turista dentro da sua própria história, só lhe resta procurar o melhor retrato e tirar uma foto bonita, para guardar no álbum das lembranças da viagem.

Filme do dia_ "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças", by Michael Goundry
Música do dia_ "Familiar Ground", by The Cinematic Orquestra

Frase do dia_ Memorable Quote from Eternal Sunshine of the Spotless Mind:
"Clementine - Joely? What if you stayed this time?
Joel - I walked out the door. There's no memory left.
Clementine - Come back and make up a good-bye at least. Let's pretend we had one."