quarta-feira, junho 25, 2008

Generation: Lost

Nós não somos a geração perdida. Somos a geração que perdeu. Filhos do talvez, criados pela incerteza, a caminho do “quem sabe”.

Somos feitos de perguntas sem respostas, vivemos sem destino certo.

Para nós não existe o “american dream”, ninguém sonhou “o sonho” que vai mudar o futuro da nossa humanidade, a esperança não é a última que morre, ela já escapou da caixa de Pandora alguns anos atrás.

Ninguém escreve canções sobre “a paz e o amor” para a nossa geração. E as guerras que a nossa geração presencia não buscam um futuro melhor, não pregam a mentira de uma ilustre jornada pela igualdade e avisam logo de cara: “matamos pelo lucro e ele vai ficar na mão de poucos”.

Seguimos sem saber o que buscar, nossos “heróis” fazem o que fazem pela fama. Tudo É o que parece ser.

Não temos a promessa de um futuro sem problemas, não nos deram a chance de pensar em nossas futuras famílias, para nós sobrou a terra à beira da extinção, um mundo em colapso e uma arte sem muito sentido.

Geração fast food, fast love, fast life.

Nada vem para ficar, nada é construído em concreto, tudo é frágil e questionável. Não há uma verdade suprema em nossas vidas, uma só crença, uma só voz… Há a contradição de uma geração que não sabe o seu nome e a que veio.

A nossa geração não sai às ruas para questionar, ela aceita de cabeça baixa o seu destino e definha ao poucos embaixo da luz fria e artificial de escritórios pré-fabricados. A nossa vida foi pré-fabricada. Nossas amizades são construídas em páginas de relacionamentos na internet. Mandamos um abraço virtual e uma caixa de chocolates que não existe quando sentimos falta de um amigo.

A nossa geração não aprende a cozinhar, ela compra refeições de microondas cheias de conservantes e sabores artificiais. Não nos deixaram conhecer o verdadeiro sabor das coisas.

Não nos deram a chance de tentar, de empreender, de cultivar. Não pensaram no nosso futuro.

Vivemos na angústia de aguardar o resultado de uma cirurgia arriscada que nunca chega ao fim. Ficamos ali na sala de espera do hospital: ele sobreviverá? Não sabemos.

Seguimos sem previsões, sem terra firme para pisar, construímos nossas bases em cima de uma corda bamba.

Não deixaram a nossa geração sonhar. Somos a geração que vive de segundos de felicidade diante de uma vida feita de medos, inseguranças, desempregos, violência e desesperança.

Para nós sobrou a depressão da mente e do mundo.

Aquecimento global;
colapso econômico;
camada de ozônio;
ódio de classes, de nacionalidades, de cores, de iguais, de religião;
miséria mundial;
a guerra contra o terrorismo de não ser o dono do petróleo….

O que vocês fizeram com o nosso mundo? O que vocês fizeram com o nosso futuro? Por que não pensaram em nós?

Somos filhos de pais separados, a árvore genealógica da nossa geração cresce para os lados. Não acreditamos em valores, em caráter, em nobreza de espírito, amor verdadeiro ou fidelidade. Mataram a nossa ingenuidade, mataram o nosso amor fraternal, e não nos deram nenhum sentimento nobre em troca.

E para os poucos que se recusam a aceitar, sobram as pequenas felicidades do dia a dia, os segundos de esperança, as pequenas coisas da vida que existem para nos salvar. Para nos libertar da opressão de não saber o seu próprio nome.

Um minuto de silêncio em nome da redenção, para a geração que já perdeu: Nós.


O que estou escutando?_ “35 Minutes" by Moby;
Por que?_ "Tem um que de desespero e esperança”;

Que frase estou pensando?_ “Sometimes I think about where I’m going… I don’t know and it frightens me… Why people are always asking what you want to do, who you want to be? I don’t know what I want… Sometimes you just don’t know, why can’t we call that happiness? And all I can think of is that video I saw on YouTube, that guy skydiving from the edge of the world*… He was going nowhere and everywhere, and he jumped… Do you think there’s anyone in the world who is really happy?”

Se fosse um filme, qual seria?_ “16 Seconds” by Vivian Arias (quem sabe, um dia)


* Para ver o video skydiving from the edge of the world clique aqui: http://www.youtube.com/watch?v=RKln6rgcgW4

terça-feira, junho 17, 2008

"Copia, computador, copia..."

Um trechinho copiado, só o "CTRL C - CTRL V" salva...

"Estava ali, e nós somos assim mesmo... não damos o devido valor quando se tem disponível... e agora longe, muitas vezes sem nenhum tipo de contato, é que vemos que um simples aperto de mão pode arrepiar até o último fio de cabelo.

Ontem sentia que faltava algo... Hoje você é responsável por uma dor que não é cruel, mas que machuca tanto..."

Menos é mais!