domingo, junho 28, 2009

Nós Somos o Mundo

Por onde você anda desde quinta-feira passada. Se liga a TV, o rádio, ou se conecta na Internet. Nas conversas nos bares, nos restaurantes, na fila do cinema, na livraria, na balada. Em casa olhando a sua coleção de CDs. Quando liga pra conversar com a sua mãe. Não importa onde você esteja, em que país esteja, se é branco, mulato, preto, amarelo, bronzeado ou albino. Se fala português, inglês, francês, italiano, ou um dos dialetos do Mandarim. Você está escutando, lendo, vendo e pensando na morte de Michael Jackson.

Santo e Diabo. Do bem e do mal. Com sérios problemas de Ego e inseguranças. Louco e gênio. Se molestava criançinhas ou não. Da infância difícil ao estrelato, à loucura. Ele viveu intensamente, teve fama e respeito e perdeu ambos com as acusações de abuso sexual. Sua vida foi difícil e prova as glórias e os martírios que esse mundo impõe àqueles que ousam viver ao extremo.

Existem muitos Michaels na cabeça de todos nós. O Michael que foi o herói da minha geração e o Michael que foi o insano da minha geração. E para cada um de nós ele deixa algo diferente. Até da morte ele fez o seu último show, e que show. Até na morte ele deixou perguntas e sentimentos diversos.

Não importa se você acredita que ele morreu ou está lá em Memphis com o ex-sogro, o Rei do Rock, curtindo a paz de espírito que pessoas tão controversas devem sonhar todos os dias, você tem um Michael que vai ficar guardado aí dentro de você agora.

Independente da minha opinião sobre os porquês da sua loucura, e se ele cometeu ou não os crimes que foi acusado, o Michael que eu vou guardar pra sempre em mim é o artista impressionantemente dotado, que criou e deixou nesse mundo as palavras abaixo. Podem me chamar de piegas, mas a morte é piegas. E 24 anos depois do seu lançamento, essa música ainda me faz chorar. 24 anos depois, ela ainda é tão urgente, tão necessária, tão verdadeira e atual. E por isso é uma obra de arte, porque é imortal.



E por isso eu agradeço mais uma vez. Obrigada por tudo que deixou por aqui MJ. Onde quer que você esteja, espero que a vida seja mais leve. Espero que tenha encontrado o que estava procurando.

E pra quem quer a letra, aqui vai, traduzida:

Chega um momento,
quando ouvimos um certo chamado
Quando o mundo tem que andar junto como um só
Há pessoas morrendo
E está na hora de dar uma mão à vida
O maior presente de todos

Nós não podemos continuar fingindo todos os dias
Que alguém, em algum lugar irá mudar
Todos nós somos parte da grande família de Deus
É a verdade
Você sabe que o amor é tudo que nós precisamos

Refrão:
Nós somos o mundo, nós somos as crianças
Nós que fazemos um dia mais brilhante
Assim comecemos nos dedicando
Há uma escolha que nós estamos fazendo
Nós estamos salvando nossas próprias vidas
É verdade que nós faremos um dia melhor, só você e eu

Lhes envie seu coração assim eles saberão que alguém se preocupa
E as vidas deles serão mais fortes e independentes
Como Deus nos mostrou transformando pedras em pão
E por isso todos nós temos que dar uma mão amiga

Refrão

Quando você está acabado, e não aparece nenhuma esperança
Mas se você acredita que não há nada que nos faça cair
Nos deixa perceber que uma mudança só pode vir
Quando nós nos levantamos juntos como um só

Refrão (quatro vezes)

And They Did it Again!!

O pessoal daquela prisão nas Philipinas fizeram de novo!! Desta vez em memória do Michael Jackson! Vale a pena assistir até o final!

sábado, junho 27, 2009

Brincando de "Alta Fidelidade" - Parte III

Top 5 das músicas de MJ que não dá pra escutar e ficar parado (na minha opinião e sem contar os Jackson Five):

1. Thriller
2. Smooth Criminal
3. Beat it
4. Billie Jean
5. Black or White

(extra: 6. Bad! 7. Don't stop till you get enough. 8. Remember the Time. 9. They Don't really care about us. Fazer top 5 nessa categoria fica foda).

Mais um! Mais um! Mais um! Don't stop till you get enought! Mais um vídeo!

Brincando de "Alta Fidelidade" - Parte II

Top 5 dos maiores funerais da história até o momento (na minha opinião e sem contar o de MJ):

1. Lady Diana
2. Airton Senna
3. John Lennon
4. John F. Kennedy
5. Rainha Elizabeth-mãe (o lance durou sei lá uns 13 dias)

Deixe o seu Top 5! E claro, mais um vídeo da série recordar é viver!

sexta-feira, junho 26, 2009

Brincando de "Alta Fidelidade", em Memória de Michael Jackson

Top 5 artistas do mundo da música cuja morte terá um impacto tão grande quanto a de Michael Jackson (na minha opinião):

1. Madonna
2. Prince
3. Bono Vox
4. Bob Dylan
5. Paul Maccartney

Mande o seu Top 5! MJ, valeu por tudo!

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High Fidelity Moment in Memoriam: Michael Jackson

Top 5 artists whose death will be as huge as Michael's one (my opinion):

1. Madonna
2. Prince
3. Bono Vox
4. Bob Dylan
5. Paul Maccartney

Leave your Top 5!! Thanks for all MJ!

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E para relembrar, um clássico revisitado:

domingo, junho 21, 2009

Aprendendo Stop Motion

Pois é, isso mesmo! Lancei o desafio: fazer um filminho em stop motion com o que eu conseguisse animar numa tarde de Sábado.
Aqui está o resultado! Fiz uma edição das sequências que animei, com direito a música e tudo mais.



Ainda está tosco, mas pra quem começou hoje até que está valendo. E aproveitando a deixa, agora também tenho um espaço no Vimeo! O endereço é www.vimeo.com/viviarias.

quinta-feira, junho 18, 2009

Passando pra frente!

Eu fiz a minha parte. Eles precisam de 15,000 views. A música é linda, e as imagens e a técnica muito boas!


terça-feira, junho 16, 2009

Duas vidas...

Essa semana estava assistindo novamente na TV o filme "Into the Wild", que no Brasil foi traduzido como "Na Natureza Selvagem", o que na minha opinião não faz juz ao significado do nome em inglês. Explico. O nome em inglês não faz menção somente ao fato de o personagem estar solto na natureza selvagem, mas sim solto por completo dentro da sociedade, corpo e mente, como um animal que corre livre na vida, desligado de qualquer prisão financeira ou emocional com o mundo, com as pessoas e com os conceitos.

Deixando à parte a opinão pessoal de cada um quanto à verdadeira essencia do personagem principal, o filme em si é muito bom. Como experiência cinematográfica e como experiência de vida, que se coloca em prática enquanto você está na sala do cinema. A história cresce, os personagens são verdadeiros e humanos, e todos se transformam, nada permanece da maneira que começou.

Falando de cinema a experiência é completa. A trilha sonora é perfeita, a fotografia é transcendental, os personagens são reais; vivem, respiram e crescem.

Eu sei que a minha experiência em Atlanta, a cidade em que Alexander Supertramp vive no começo do filme entre livros e angústias num apartamento minúsculo, me fez muito mais próxima da história. O começo do filme me transportou para o meu apartamento minúsculo na mesma cidade, sozinha com os meus livros. Quem chega por aqui nestas condições entende das glórias e dos martírios que uma cidade tão solitária traz para a cabeça daqueles que sonham demais.

Em um momento da história Alexander Supertramp diz que se aceitarmos que a vida deve ser regida somente pela razão, então toda a possibilidade de vida estaria automaticamente destruída. Se a vida tivesse que ter um significado, e as escolhas que fazemos tivessem que ter um porquê, trilhar um determinado caminho perderia todo o sentido. Pois a grande aventura de uma jornada é sentir a liberdade de seguir adiante sem saber direito o "porque" pré estabelecido ou o que vem a seguir. E aí sim sentir o novo a todo momento, pois este é o principal alimento da raça humana.

Em um outro momento ele afirma que nesta vida mais vale se sentir forte do que ser forte. E em um trecho do filme ele encara a si mesmo pela janela de um bar em Los Angeles. Ele vê através do vidro a sua outra vida, o que ele seria se tivesse escolhido um caminho diferente. De alguma forma engraçada a vida coloca essa piadinha sem graça de tempos em tempos no nosso caminho, onde temos que enfrentar as escolhas que fizemos e comparar a nossa vida atual com a outra vida, a passada. E as duas vidas ficam cara a cara naquele instante, aquela que rejeitamos no passado quando escolhemos um caminho diferente aparece para cobrar o preço da escolha.

E assim segue o filme, um emaranhado de filosofia, cinema e literatura. E no desfecho a beleza da lição aprendida. Depois de tantos tapas na cara a cada linha do roteiro, a cada desprendimento do personagem a tudo e a todos, Sean Penn (o diretor e o roteirista) e Jon Krakauer (o escritor do livro) nos apresentam a maior de todas as lições que Alexander Supertramp tirou dessa vida, e nós, graças a eles, tiramos na sala do cinema: felicidade só é real se é dividida com alguém.

Existem sempre duas vidas na nossa história, aquela que vivemos: passado e presente, e aquela outra do "e se" que nunca vamos saber ao certo onde daria. Mas essa é uma das trágicas magias da jornada de cada personagem nesse mundo tão grande, onde tudo está sempre tão perto e tão longe.

Eu ando conversando muito com o Alexander Supertramp que existe dentro de mim. Tentando decidir que rumo seguir depois desse tanto divagar, esperar, estudar, ler, sentir e sofrer. Mas as duas vidas que se apresentam na minha frente ainda continuam confusas, nebulosas e distantes.

"Algumas pessoas acreditam que não merecem o amor, e por isso elas andam no silêncio dos espaços vazios, tentando fechar os buracos do seu passado". Quem sabe seja isso. Ou quem sabe sejam as eternas perguntas de sempre: quem somos? o que fazemos? pra onde vamos? Ou ainda quem sabe seja mesmo que o amor por todas as coisas desse mundo não é um sentimento, mas uma habilidade. E nós estamos sempre tentando aprender, não importa em qual das duas vidas.

Filme do dia_"Into the Wild" by Sean Penn
Música do dia_"Rise" by Eddie Vedder
Frase do dia_ "Rather than love, than money, than faith, than fame, than fairness... give me truth". Thoreau