"Um monge descabelado me disse no caminho:
'Eu queria construir uma ruína. Embora eu saiba que ruína é uma desconstrução.
Minha idéia era fazer alguma coisa ao jeito de tapera. Alguma coisa que servisse para abrigar o abandono, como as taperas abrigam.
Porque o abandono pode não ser apenas de um homem debaixo da ponte, um gato no beco ou de uma criança num cubículo. O abandono pode ser também de uma expressão que tenha entrado para o arcaico ou mesmo de uma palavra. Uma palavra que esteja sem ninguém dentro.'
(O olho do monge estava perto de ser um canto). Continuou:
E o monge se calou descabelado."
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