segunda-feira, outubro 10, 2011

words fail you

Hoje eu queria escrever uma carta, curta mas usando as palavras certas. Pra acabar com a dor das palavras que não foram ditas... hoje eu queria escrever uma carta e nela colocar o mundo inteiro e assim o mundo me fazer companhia... pra acabar com a dor de estar sozinho...

sexta-feira, setembro 09, 2011

se é certa ou não

Tem que ter um quê de loucura e de beleza
Um pouco de insegurança e um pouco de grandeza
Falar com graça e com a voz um pouco trêmula

Mas não ter medo de sonhar, de voar, de planar.

Todo gênio também é um pouco louco
todo artista também é um pouco tolo
louco de pedra, de babar, tolo de querer

De temer a depressão, o coração, a paixão, a solidão.

De ser você mesmo e as vezes copiar
De um dia acordar sorrindo e no outro dia querer chorar
De querer bem o outro, de querer mal o outro
De querer alguém, ninguém, sei bem

De seguir o coração e depois pedir desculpas
De amar, de amar, de amar e ainda assim ter dúvidas

se é certa ou não essa coisa de viver.

quinta-feira, junho 16, 2011

Cadê a minha "empada de palmito"?

Sério, cadê? Onde foram parar as empadas comidas por engano, a compra de pipocas no meio da Dr Arnaldo congestionada, os sequestros do peixe case (o peixe case?), sapatos de flamenco e dias em que todo mundo resolve metralhar todo mundo (e ficamos presos no trânsito por causa disso)?

Onde foi parar a habilidade de rir de qualquer besteira, de mergulhar em qualquer aventura, de viver sem noção do tempo; do tempo que está tão presente e deixando a vida cada vez mais séria. Esse tempo que faz a vida passar sem que a gente perceba, sem que a gente a sinta.

Onde foi parar a sensação de viver o maior seriado da história da televisão que ainda não foi inventado? De que a nossa vida tem o roteiro mais inusitado (e que a maldita da roteirista está sempre de TPM). Onde foi parar a habilidade de viver a vida como ela deveria ser vivida pra sempre?

Em que curva do caminho perdemos a habilidade de filosofar a respeito de tudo, de achar tempo para ficar com os amigos, para fazer coisas que não são importantes, por que essas são as coisas mais importantes da vida. Em que curva da estrada perdemos a habilidade de viver fora do normal?

Eu quero saber em que curva a habilidade de ser feliz com tão pouco encostou e ficou. Em que curva a vida mudou tanto e tão depressa. Quero recuperar a habilidade de viver assim, sem papas na língua e na vida. Quero encontrar de volta a habilidade de rir do que não se deve rir, do sério, do problemão, do que não tem solução.

Cadê aquela época que o tamanho da sua casa, do seu salário e do seu título não determinavam a sua importância?

Cadê? Onde foram parar os diálogos incríveis, os monólogos incríveis, as pessoas que não trabalham com manteiga e a habilidade de rir das 20 coisas foda sobre as pessoas?

Quero de volta a época que éramos do tamanho dos nossos sonhos... Quero de volta essa habilidade, esse talento perdido. Um dia eu ainda te encontro de novo. Um dia eu vou encontrar a curva em que você ficou esquecido.

segunda-feira, abril 25, 2011

Hoje

Não quero saber das ações, das pessoas, dos sentimentos.
Não quero falar das razões, dos motivos, dos outros.
Não quero saber o que aconteceu no mundo, não quero aprender uma expressão nova, não quero terminar o meu livro.
Hoje não quero saber de nada, nem entender os mistérios do universo.

Há dias em que me preocupo demais, me descabelo, saio de mim. Há dias em que não há razão de nada além da razão de ser quem se deve ser. Há dias que vivemos e outros que vivemos muito pouco.

Mas hoje não. Hoje não quero saber das flores e das desgraças.
Não quero explicar o meu descontentamento com o mundo.
Não quero saber do seu descontentamento com o mundo.

Quero estar "só" no sentido espiritual da palavra. Quero aliviar a alma do peso de existir para o mundo e para os outros. Quero simplesmente existir e ponto, como existem as coisas que não servem para nada. Hoje queria não servir para nada e estar bem assim.

Queria arrancar esse peso de dentro de mim. Hoje quero arrancar esse band-aid velho que esconde um machucado que ainda está aberto e sangrando.

Já vivemos de abandono e de sobras. Vivemos nos espaços disponíveis do mundo, nas oportunidades possíveis do destino, na vida que a vida lhe permite ter. O poder, o controle e o conhecimento são ilusões necessárias que sustentam a vida e que servem para nada. São só ilusões, nós os mágicos, a vida o palco. Mas o roteirista do espetáculo não sabemos quem é...

E eu estou cansada das verdades e das mentiras.

Por isso hoje não quero saber de nada disso. Não quero saber das lições que ainda não aprendi, das coisas que ainda não vivi, da pessoa que eu ainda não sou.

Hoje não quero escutar, nem falar, nem sentir, nem viver.
Hoje eu só quero que o dia termine bem... antes do ato final, antes da cortina cair.

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Diálogos Incríveis: Aquele do Status no Facebook

Em uma loja maldita de cup-cakes malditos...

Cliente*:
Vocês tem delivery?

Atendente:
Não...

Cliente:
Ai... Graças a Deus!


THE END

*Os nomes reais dos personagens acima foram ocultados por falta de verba para pagamento de direitos autorais e de utilização de imagem.

Writer's Block

Ok, admito, eu tenho writer's block. Aliás nem sei se writer's block é algo que se tem ou algo que se vive, se vem e vai com o tempo ou pode durar a vida inteira, se dá pra "curar" com treino e determinação ou como tantas outras coisas na vida precisa de tempo, se você deve lutar contra ou simplesmente dar as mãos e "go with it".

Escrever é uma coisa muito perigosa. Seja profissão, passatempo ou algo que você faz quando manda um email de desabafo pra alguém (msn, skype, facebook, qualquer que seja a sua onda). Abre portinhas, caixinhas e janelinhas do inconsciente que nem sempre a gente quer abrir ou que a gente nem sabe que existe.

Eu tenho várias caixinhas que nem sei que tenho, elas aparecem de surpresa, um presentinho da minha querida psique... Ela adora me dar presentes desse tipo, essas caixinhas com surpresas dentro. Eu e o meu inconsciente kinder ovo. Valeu psique!!

Então você pode até pensar que no final das contas é bom ter writer's block, certo? Afinal "penso logo, me fodo". Então a matemática da coisa fica mais ou menos assim:

Penso + escrevo = caixinhas abertas. Caixinhas abertas é igual a mais pensamento.

Mais pensamento + caixinhas abertas = me fodo. Resultado negativo.

Em contrapartida writer's block é maior que mais pensamento.

Menos pensamento = Mais felicidade! Resultado positivo.

Resposta errada. Porque writer's block não é maior ou igual à falta de criatividade.

Seu cérebro continua full mode pensando, imaginando, criando e encontrando caixinhas escondidas no inconsciente kinder ovo. O que o writer's block faz, e é pior que não ter idéia alguma na minha humilde opinião, é que essas idéias nunca se concretizem no papel.

O writer's block é para a arte de escrever o que a depressão é para a arte de viver.

Quem está depressivo não está feliz com a sua condição, nem está acomodado, confortável. Quem está depressivo não faz de propósito, não é louco, não é loser, não é pessimista, não é estranho. Não dá pra curar a depressão com aspirina e uma voltinha no parque.

Quem está depressivo tem consciência da sua condição, tem vontade de ser feliz, quer mudar, agir, viver e sorrir. Quem está depressivo quer esquecer, quer seguir em frente, dar a volta por cima, viver o presente, não se preocupar com o futuro, sentir o prazer de estar vivo, respirar, experimentar e ser agradecido no fim do dia pelo balanço das coisas.

Mas a depressão é o writer's block da vida, logo essas idéias não se concretizam no papel.

E então a matemática fica mais ou menos assim: Depressão é maior ou igual à vida. Logo WTF is life supposed to be?

Pelo menos hoje eu consegui voltar a escrever um pouquinho... Resultado positivo.

Agora é só pedir todas as noites pra quem quer que esteja lá em cima levar esse writer's block pra longe de mim.

Música do dia_"Dream" by Priscilla Ahn.
Filme do dia_"It's kind of a funny story" by Anna Boden & Ryan Fleck.
Frase do dia_"You're cool. You're smart. You're talented. You have a family that loves you. You know what I would do just to be you for just a day? I would do so much. I would, I don't know, I'd just... I'd just live. Like it meant something" by Bobby in It's Kind of a Funny Story.