sexta-feira, fevereiro 24, 2006

I'm With The Band

É isso mesmo, decidi. Quem diria que o projeto de toda uma vida poderia ser encontrado num show no estádio do Morumbi. Pois o meu estava lá.
Decidi, vou vender tudo que eu tenho e virar groupie do U2.
Vou seguir a turnê Vertigo para todos os lugares do mundo, carregar caixas de sons, malas, montar o palco, curtir um som e depois ainda tomar uma cerveja com os meninos no final.
I'm With the Band now...
Querem saber sobre o show? As imagens abaixo dizem tudo... Acho que vou ficar sem me comunicar na linguagem local por algumas semanas...





terça-feira, fevereiro 14, 2006

Igual a Tudo na Vida

Igual a tudo na vida cada coisa tem o seu ciclo de existência. Tudo. Algumas coisas duram mais do que outras, algumas tem a pretenção de durarem para sempre, mas na sua grande maioria todas tem um ciclo muito pequeno perto do amontoado de anos mau vividos que completam a nossa breve passagem pela terra.
Digo mau vividos porque sempre poderíamos extrair mais de cada uma das nossas experiências diárias. As vezes porque somos jovens demais, as vezes porque somos velhos demais, o caso é que sempre há uma desculpa para nos auto enganar sobre tudo que poderia ser diferente, se não fossemos tão preguiçosos.
Somos assim, gastamos mais energia procurando desculpas do que procurando saídas. Perdemos tempo com absolutamente tudo, e depois que aprendemos a lição perdemos tempo com outras lições.
É humano, e como praticamente tudo que é humano, ou é errado ou não serve pra muita coisa.
Mas voltando ao ponto desse post, todas as coisas são efêmeras, a vida é efêmera, e perdemos tanto tempo com tanto que vale tão pouco: pensando em pessoas que não estão pensando em nós, sacaneando alguém, sofrendo por quem não nos ama, pensando em problemas financeiros que sempre vão existir, lembrando que alguém disse-algo-que-quis-dizer-que-talvez-signifique-algo que você nunca vai saber bem ao certo. Tanto tempo disperdiçado sendo outra pessoa que não você mesmo, vivendo sentimentos e pensamentos que não lhe pertencem, querendo consumir produtos que não lhe agradam, vivendo uma vida que não é sua mas do gerente do seu banco que fica com o juros de tudo isso.
A gente esquece que igual a tudo na vida a nossa vida também é um ciclo que vai acabar. E como me disse certa vez um sábio, que um dia cruzou o meu caminho, e que por acaso, nessa vida, além de anjo foi meu avô: "CAIXÃO NÃO TEM GAVETA!".
Igual a tudo na vida você também um dia não vai mais existir, nem eu... Que tal pararmos de perder tempo com todas essas coisas que não vão pro caixão conosco?
Não esqueça nunca do herói que existe aí dentro de você, porque eu não esqueço dele nunca.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

A Montanha Brokeback

Meus amados amigos gays que me perdoem, mas o tema central de O Segredo de Brokeback Mountain não pode ser reduzido a "um filme sobre dois caubóis gays". Não que o movimento gay não mereça um filme desses como bandeira, pelo contrário.
O Segredo de Brokeback Mountain retrata a história de dois caubóis que se apaixonam na montanha Brokeback, porém enquanto um está disposto a abrir mão de tudo para viver o que for preciso em nome da realização, o outro, por medo de arriscar, enconde-se atrás de falsas responsabilidades. O puro amor entre eles é vivido por anos em segredo, esporadicamente, como um sonho que não pode ser transportado montanha abaixo, para a vida real do dia após dia.
Comum a todas as histórias que tem a impotência como um dos personagens principais, o filme é um amontoado de decepções pessoais entre todos os personagens, com um desfecho que não poderia ser outro que não fosse o trágico. O que Ang Lee quer nos dizer com isso é que os nossos maiores temores se realizam quando não nos arriscamos a viver o que deve ser vivido e que as consequências são vividas por todas as pessoas envolvidas.
Nada mais arriscado do que o amor entre dois caubóis americanos na década de sessenta e por isso digo que O Segredo de Brokeback Mountain é mais do que um filme sobre dois caubóis gays.
Antes de ser só um filme de amor é um filme sobre irrealizações, medos, auto engano e um amor verdadeiro e transcendental lutando contra tudo isso. Um filme sobre o que podemos realizar se estivermos dispostos a enfrentar as consequências dos nossos desejos.
Todos nós temos a nossa montanha Brokeback, o esconderijo dos nossos sonhos irrealizados, e por isso ainda não consegui me recompor do filme.
Sim Ang Lee, a minha montanha Brokeback ainda está longe. Obrigada por me lembrar dela...