quarta-feira, dezembro 23, 2009

Feliz Ano Novo Oh Captain My Captain

E então chega mais uma vez a hora da renovação. A hora de dar presentes, de abrir presentes, de desejar coisas boas, a hora de dar abraços apertados, de dizer eu te amo, a hora de se vestir de branco, renovar as esperanças e começar tudo de novo.

É a magia do fim do ano e esse é um especial, porque está chegando o ano que fecha o fim de uma década. Muita coisa pra se pensar e renovar.

E nesse ano novo eu quero acreditar no poder transformador dessa renovação do tempo. Eu quero acreditar que podemos fazer desse fim de década algo especial, um ano de sonhos realizados, de mudança de energia, de caminho, de pensamento. O ano em que a gente lembre que as vezes você precisa "mudar de ângulo" para olhar as coisas de uma forma diferente. Eu quero começar 2010 com o espírito do Carpe Diem: "seize the day boys, make your lives extraordinary".

Acho que em 2010 a gente pode fazer da nossa vida uma experiência extraordinária. Por isso fecho o ano de 2009 com um quote muito querido no meu coração (que é claro que eu sei de cor) de um dos meus filmes favoritos, daqueles que cresci assistindo e que de uma forma ou de outra fazem parte da minha personalidade.

Eu deixo 2009 com um trecho de Sociedade dos Poetas Mortos:

John Keating

"We don't read and write poetry because it's cute.
We read and write poetry because we are members of the human race. And the human race is filled with passion.

And medicine, law, business, engineering, these are noble pursuits and necessary to sustain life. But poetry, beauty, romance, love, these are what we stay alive for.

To quote from Whitman, 'O me! O life!... of the questions of these recurring; of the endless trains of the faithless... of cities filled with the foolish; what good amid these, O me, O life' Answer: That you are here - that life exists, and identity;
That the powerful play *goes on* and you may contribute a verse. What will your verse be?"

Qual será o seu verso em 2010?

Feliz 2010! Feliz verso novo!

sexta-feira, dezembro 18, 2009

Death and All His Friends

Eu não sei o porquê, mas sexta-feira é o dia da semana que mais mexe comigo. Não digo "mexer" naquele sentido que todos conhecemos, como eles gostam de dizer aqui nos Estates "Thank God it's Friday", a sexta mexe comigo num sentido mais profundo mesmo.

As vezes é uma tristeza, as vezes é só um estado de contemplação, as vezes é uma inquietação, as vezes é só uma necessidade de fazer algo maluco totalmente fora de contexto.

Os outros dias da semana não me trazem muito no que pensar, eu sigo a minha rotina e quando chego em casa tem tanta coisa pra fazer que nem dá pra planejar muito. Na sexta não. Na sexta existe aquela sensação de liberdade, de escolha. Todas as portas do fim de semana se abrem ali mesmo, naquele momento em que eu percebo que o trabalho acabou e estou livre pra ir pra onde quiser, pra fazer o que quiser, pra escolher como será o meu fim de semana.

Você pode até me questionar dizendo "mas poxa, sabadão também pode ser assim". Pode mesmo, mas a sexta é o começo de tudo e a gente sabe como o começo de tudo é sempre o mais complicado. A sexta chega batendo na sua cara: chegou o fim de semana e o que você vai fazer com o seu tempo livre??

Acho que por isso toda sexta eu tenho um quê de alegria e depressão. Por causa dessa pergunta tão simples mas tão profunda: O que você vai fazer com o seu tempo livre? O que você vai fazer com a sua vida nesse fim de semana? Que caminho você vai escolher?

Talvez seja porque no dia a dia eu não me faça essa mesma pergunta, eu simplesmente sigo a minha rotina, sigo o roteiro da minha vida. Quem sabe se eu me perguntasse todo dia antes de me levantar que escolhas quero fazer com a minha vida no dia de hoje, ou como quero que o meu dia siga e mais importante ainda, como quero que ele termine, algumas coisas caminhariam diferente na vida. Ou eu viveria com mais angústias ainda? Vai saber.

Hoje eu estava pensando nisso. Passei o dia pensando nisso pra falar a verdade. E cheguei naquele ponto crucial que falei no começo desse post. O momento em que o trabalho acabou, a sexta está seguindo o seu percurso e a pergunta chegou: o que eu quero fazer da minha vida neste fim de semana?

E enquanto eu estava me fazendo essa pergunta a música "Death and All His Friends" do Coldplay começou a tocar no meu Itunes e me deu tanta inspiração que resolvi dividir aqui no blog com vocês. A música é do CD Viva La Vida.

Bom fim de semana! Espero que vocês façam boas escolhas!



segunda-feira, novembro 30, 2009

Diálogos Incríveis: Aquele do "Vou Alimentar Minha Lhama"

Uma madrugada, dois amigos e um MSN... (Para dar uma quebrada nessa onda "posts sem noção pré prozac")

Alberto says:
Tá passando Calígula... hahahaha... faz o favor!!! Ó meu Sábado!!!

Lisbela says:
Assim... 2 da matina... concorda? É claro que vai estar passando Calígula... o que você queria?

Alberto says:
Quer mesmo que eu responda?

Lisbela says:
Manda!

Alberto says:
Queria estar de frente pro mar ou num iate em alto mar, tomando um caipirinha ou algo do tipo, ouvindo o som do vento, sem ninguém por perto para que eu e a Jennifer Connelly pudéssemos ficar livres e a vontade...

Lisbela says:
Boa!

Alberto says:
Mas ela é casada e não vou entrar em uma briga com o Paul Bettany. Mesmo ele merecendo por ter feito aquele padre albino no Código da Vinci.

Lisbela says:
É ele totally merece!

Alberto says:
Mas não precisa... eu tenho sonhos mais palpáveis!

Lisbela says:
É sempre bom ter um plano B!

Alberto says:
Eu sou meio azarado nesse ramo... mas também não sou um fudido total... sou um fudidinho apenas...

Lisbela says:
Ou seja... nem pra isso serve...

Alberto says:
Porque não dá pra ser um fudido em todos os ramos da vida, então somos tipo fudidinhos... Por exemplo: você é pobre, banguela e curintiano? não? se fosse era fudidaço!!

Lisbela says:
exato!

Alberto says:
Você não tem emprego mas batalha, toma 100 conduções pra chegar em casa, sua mulher ainda te dá esporro, aí você gasta tudo na cana e é palmeirense? Você é fudido!

Lisbela says:
Conheço histórias assim.

Alberto says:
Mas se você tá como a gente, tem um trampo mas nem sempre tem um auê, fica indo e vindo com amores que não são agradáveis, tem uns desentendimentos e ainda as pessoas fazem cara feia?? Aí você é só um fudidinho!

Lisbela says:
Fudidinhos e mal pagos!

Alberto says:
E pode ser um estado de espírito também!

Lisbela says:
Exato!

Alberto says:
Hoje estou fudidaço, mas amanhã eu me livro e fico só fudidinho! Ai vou jogar PS3 online e jogo contra um cara do México. Se eu perder to fudidinho (os caras são bons). Mas aí jogo contra um cara do Peru, se eu perder sou um belo de um puta de um fudidaço!

Lisbela Says:
Porque o cara deve ser o único no Peru que tem PS3!

Alberto says:
Sim... E essa história do videogame é real! Mas eu não perdi, a conexão caiu...

Lisbela Says:
sei...

Alberto says:
...eu não estava preparado pra me sentir um fudidaço. O peruano deve ter ficado puto!

Lisbela Says:
com certeza!

Alberto says:
Tipo: brasileiro de merda, ia perder pra mim e arregou!!! Chega!!! Vou alimentar minha lhama!!!

segunda-feira, novembro 23, 2009

Momento: Alter egos que te definem...

Alter Ego #1: Clementine Kruczynski
Filme: Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças
Special Quote: "I'm just a fucked up girl looking for my own peace of mind".


Alter Ego #2: Amelie Poulain
Filme: O Fabuloso Destino de Amelie Poulain
Special Quote: "Any normal girl would call the number, meet him, return the album and see if her dream is viable. It's called a reality check. The last thing Amélie wants".


Alter Ego #3: Penny Lane
Filme: Quase Famosos
Special Quote: "When we go to Morocco, I think we should have completely different names and be completely different people."

terça-feira, novembro 03, 2009

Se sonhar pudesse ter um gosto...

Tem o gosto de fruta da estação e de coisa proibida, o gosto daquilo que se deseja.
É o gosto da alegria que explode sozinha, o gosto dos pulsos em sincronia.
Tem o gosto que tem um abraço.
O gosto de um olhar que ninguém viu, escondido, e um sorriso solto pelo ar.

Tem o gosto que tem uma gentileza.
É o gosto de tudo aquilo que não se entende.
Tem o gosto daquilo que se fala com os olhos e o coração sente.
O gosto do que não se pode ter para sempre.

Tem o gosto que tem a vontade, se sonhar pudesse ter um gosto.
É o gosto tão novo e tão conhecido que tem até gosto de casa.
Tem o gosto daquilo que se espera por uma vida inteira.
O gosto de noite com lua cheia num céu de poesia.

Tem o gosto dos amores de neruda, marquez e moraes.
É o gosto de um amor nos tempos do cólera moderno.
Por que tem o gosto da certeza incerta e do passar do tempo.
Tem gosto de vida, tem gosto de força e fica o gosto da saudades.

E a gente conta os minutos, os segundos e a vida passa entre nós tão rápida...
Mas o gosto fica.

quarta-feira, outubro 28, 2009

A cada mil lágrimas sai um milagre...

Eu cresci testemunhando o poder que o cinema tem na vida das pessoas.

Eu vi o cinema mudar o destino de muitos, acalmar um coração, inquietar outro, criar uma revolução, salvar uma vida. Isso mesmo, eu testemunhei o cinema salvando uma vida. No momento em que as luzes se apagam e a lanterna mágica se acende, e todas aquelas histórias de vida param no tempo juntas para viverem uma outra vida, e por 2 horas verem o mundo através dos olhos de um outro alguém.

Mesmo que elas não saibam ou sintam esse poder, ele existe. O poder de ser o outro sem que ninguém tenha que te pedir para ser o outro, ou sem qualquer resistência da sua parte. Você não deixa de ser você mesmo mas sente na pele uma situação totalmente diferente da sua experiência de vida. O cinema tem esse poder unificador.

Tantos com tantas experiências diferentes ao redor da mesma história, sentindo a mesma coisa. Acredito que essa é uma das razões que me faz amar o cinema acima de todas as outras artes. Por que o cinema é entre todas a mais eclética, a mais unificadora.

Talvez ele dispute acirradamente com a música o primeiro lugar (e como o cinema depende dela). Mas ainda assim, cada qual pode interpretar uma determinada canção de uma maneira, de acordo com o que estava vivendo naquele momento da sua vida e que não é necessariamente o sentimento que o artista estava querendo passar. O cinema não. Você é "forçado" a realmente ver e sentir o mundo do jeito que o artista quer. Só por aquelas 2 horas. Você pode gostar ou não do que viu e aí sim a coisa é com você.

Dentre todas o cinema é a arte mais cheia de empatia. E a empatia é uma palavra que sozinha poderia mudar o mundo, se estivéssemos preparados para ela. Mas não estamos. Por isso seguimos a nossa vida sem saber como é ser o outro. Por isso tantos seguem a vida machucando e não curando.

E o cinema tenta entender isso. Ele nunca dá respostas, mas ele te leva para muitos lugares escondidos e talvez nesses lugares a gente encontre um pouco de luz.

Alguns filmes te levam para uma vida que você não viveu. Outros te levam para uma história do seu passado ou para a sua infância. Alguns te transportam para um mundo tão diferente do seu que nem parece real. Alguns salvam a sua vida.

E existem aqueles outros que de uma forma inexplicável te levam pra casa.

Eu queria poder encontrar um desses hoje. Assim quem sabe eu poderia ir pra casa, nem que fosse por apenas 2 horas.

Filme do dia_"Once" by John Carney
Música do dia_"Lies" e "Once" by Glen Hansard e Marketa Irglova

Frase do dia_ A Quote from the movie "Once":
- Girl: How come you don't play during daytime? I see you here everyday. - Guy: During the daytime people would want to hear songs that they know, just songs that they recognize. I play these song at night or I wouldn't make any money. People wouldn't listen.
- Girl: I listen.

sexta-feira, outubro 23, 2009

No Direction Home

A gente sempre precisa de um tempo para entender certas coisas na vida, e muitas talvez a gente nunca entenda. Especialmente quando essas coisas estão relacionadas a arte. Por isso tenho alguns livros na minha estante que levo anos para ler, ou filmes que enrolo e enrolo até finalmente colocar no topo da minha lista do Netflix. Ainda não chegou o momento certo de assistí-los, ainda não estou pronta para eles. Tudo na vida é uma questão de timming, o aprendizado também.
As vezes você ainda não está pronto para entender em toda a sua amplitude um determinado assunto ou sentimento. Principalmente o sentimento. As vezes você até passa uma vida inteira não entendendo uma determinada decisão que você tomou, ou que sentimentos te dominavam num determinado momento de insanidade. As vezes a gente entende, as vezes não.
Mas a sua experiência de vida vai se acumulando e você acaba aproveitando mais alguns momentos, alguns gostos, algumas travessuras, algumas pesssoas, alguns livros e alguns filmes. Por que você entende tudo isso com mais profundidade. Aconteceu recentemente comigo quando assisti ao filme "The Curious Case of Benjamin Button" e acabei procurando o roteiro pra ler. Fiquei impressionada como me conectei com o filme, com a maneira como o roteiro foi escrito, todas as metáforas, o que cada personagem representa de fato.
A linda poesia do amor de Benjamin e Daisy. Ela nasce jovem e ele velho. A cada dia que passa ele rejuvenesce e ela vive o curso natural da vida. Os dois vivem muitos encontros e desencontros por causa disso e um tanto número de rejeições até finalmente conseguirem ficar juntos, até se concretizar o grande encontro mágico no meio do caminho da vida dos dois. No meio do caminho. Enquanto Benjamin continuava ficando cada dia mais jovem e Daisy cada dia mais velha.
É claro que a separação dos dois é iminente na história. O amor não foi feito para eles e não há nada a se fazer quando a vida decidiu não te dar uma chance. Para eles sempre foi tarde demais. A separação vai ficando cada dia mais paupável para Benjamin quando ele e Daisy acabam tendo uma filha juntos, uma menina, Caroline. Ele está ficando cada dia mais jovem e uma hora ele vai virar um bebê novamente e Daisy não pode cuidar de duas crianças ao mesmo tempo. Então Benjamin decide ir embora, para dar uma chance a Daisy de encontrar um homem que fosse capaz de dar para ambas a família que ele nunca seria capaz. Quem sabe assim ela ainda tivesse uma chance de ser feliz.
Entre tantas cenas cheias de poesia uma em especial me emocionou demais ao ler as páginas do roteiro e eu resolvi transcrevê-la aqui. A última carta que Benjamin deixou para a sua filha Caroline e que depois dela não se soube mais do paradeiro dele. Talvez quem sabe pensando nos próprios erros que ele cometeu, nas próprias decisões que ele faria de novo se tivesse mais tempo.

252A. AROUND THE WORLD
And Benjamin's voice comes in... WHILE WE SEE HIM IN VARIOUS PLACES ALL OVER THE WORLD, A MONTAGE, A FILM WITHIN THE FILM, OF THE ROAD HE'S TAKEN...
benjamin button's (V.O.)
"... what I think is, it's never too late...
or, in my case, too early, to be whom you want to be...
There's no time limit, start anytime you want...
change or stay the same... there aren't any rules...
we can make the best or worst of it... I hope you make the best...
I hope you see things that startle you.
Feel things you never felt before.
I hope you meet people who have a different point of view.
I hope you challenge yourself.
I hope you stumble, and pick yourself up.
I hope you live the life you wanted to...
and if you haven't I hope you start all over again..."
---
No começo do filme Daisy, no seu leito de morte, conta para a filha Caroline a história do melhor relojoeiro de todo o mundo, que perdeu o único filho prematuramente. Ele foi contratado para construir um relógio em uma linda estação de trem na cidade. O relojoeiro passou anos e anos da sua vida construindo o "mais lindo relógio em todo o mundo". Todas as pessoas da cidade foram ver o dia em que o relógio seria ligado na estação pela primeira vez. O relojoeiro estava lá, e quando ligaram o relógio ele começou a girar ao contrário.
Todos ficaram chocados com a falha do artista do tempo, como um relojoeiro de tanto renome poderia cometer um erro assim? E então ele revelou: Eu construí esse relógio com a esperança de que ele trouxesse de volta todo o tempo perdido, e então assim tantos jovens que perderam a sua vida prematuramente pudessem voltar pra casa para serem felizes, para se apaixonarem, para viverem suas vidas.
Quem sabe o relógio, ao girar ao contrário, consiga voltar no tempo e assim todos aqueles que foram privados de viver, possam ter uma segunda chance.
Nunca mais se soube do relojoeiro depois da inauguração do relógio. Mas a sua obra permaneceu pendurada na estação de trem, contando o tempo ao contrário a cada dia, em nome daqueles que tiveram o seu tempo perdido.
Eu realmente espero que a gente esteja vivendo a vida que escolheu e se não a queremos mais, espero que a gente tenha forças pra começar de novo, mesmo que seja do começo, mesmo que seja "tarde demais", mesmo que seja incerto, mas se for verdadeiro, deixe ser, e que a gente se deixe viver.

sábado, outubro 17, 2009

Onde Vivem os Monstros


"Você sabia que um dia o Sol vai morrer?" E que um dia tudo vai acabar? O mundo, os humanos e o universo?

Você sabia que existe um monstro dentro de você? Um não, muitos. E cada um traz em si uma emoção, uma impulsividade, uma criança, um medo, um sorriso, um sonho, uma raiva, uma lembrança.

São selvagens esses monstros. Eles não agem de acordo com um código moral, ou de leis, nem respeitam uma escala hierárquica.

Eles são feitos de sentimentos. Sentimentos selvagens, puros e indomáveis. E o que eles não gostam ou receiam, eles comem.

Mas um dia eles se perdem, ficam solitários demais. Eles se confundem dentro de tantas perguntas.

Então eles decidem que precisam de um rei. Um rei que promete salvá-los da perdição e da solidão.

O rei tenta dominar todos esses selvagens. Ele tenta convencê-los dos seus poderes sobrenaturais, promete curar todas as suas dores!

Os selvagens, por serem puro sentimento, acreditam no seu rei. E tudo fica bem por um tempo.

E então o mundo onde as coisas selvagens vivem se torna, por um instante, um lugar onde tudo que eles desejam pode de fato existir. Onde os sonhos se realizam, onde a completude existe, onde ninguém dorme sozinho ou com medo.

Mas um dia as coisas mudam... E as coisas selvagens descobrem que o rei é só mais um como eles, mais um comum entre tantos. Um simples Max, o rei de todas as coisas selvagens cheio dos mesmos medos, das mesmas angústias e das mesmas perguntas.

Um menino que foi pra cama brigado com a mãe e sem jantar, que resolveu se aventurar em uma viagem fantástica longe de casa, dentro da sua própria imaginação. "As vezes somos a única família de alguém, e ser família não é nada fácil".

E diante dessa revelação os monstros ficam ainda mais confusos. Perdoar é difícil até pra selvagens tão puros como eles.

É assim que o rei percebe que a sua aventura fora longe demais. Ele conheceu um mundo novo cheio de novas paisagens e experiências. Conheceu os selvagens, tentou compreendê-los e, em vão, dominá-los. E então chega a hora de mudar tudo novamente. Chega a hora de querer estar em outro lugar.

"And Max, the king of all wild things was lonely and wanted to be where someone loved him best of all". Chegou a hora de dizer adeus aos selvagens, chegou a hora de voltar para casa...

"I need a story, could you tell me one?" Once upon a time there was a boy who wore his wolf suit and made mischief of one kind and another. His mother called him "wild thing" and he went to bed without supper. And so he went to a place where only us, the kids, know. So so far.

He sailed off through night and day and almost over a year to the place "where the wild things are".




Filme do dia_"Where the Wild Things are", by Spike Jonze
Música do dia_ "Wake Up" by The Arcade Fire
Frase do dia_"Childhood is measured out by sounds and smells and sights, before the dark hour of reason grows", by John Betjeman

segunda-feira, outubro 12, 2009

Generation Converse

We are the generation converse. We are the daydreamers.

The ones by the corners of the big cities singing, playing, telling the stories of the today and painting the tomorrow.

We are the ones jumping in the dark hole hoping it is not that deep. With our eyes closed and our arms open. The ones that try, the ones that fail and then try again another way. The ones that experiment.

We do our tests and invent our possibilities in a world that was never ready for us. We are anxious, we are angry, we live in the edge of the right and wrong.

We are the ones with the crazy hairs and the endless hearts. The ones that listen, the ones that scream, the ones that can, and the ones that did.

The ones that will never grow old.

We are the generation converse. We were born in a big world under collapse and no one told us it will be alright, but we believe it will. Because we dream of changing things.

We are writing a new tomorrow for ourselves and for the next generations to come. But we are not that sure if anyone will ever read it.

We are the generation converse. I’m pretty sure you heard of us. Maybe even saw one of us, inside our solitude in a train with our eyes sparkling out of pain or joy. We are the ones on all the streets around the world dreaming life to the fullest. Every day, all the time.

We are the generation converse. They told us we can’t dream the impossible. But we do.

Feliz dia das crianças! Feliz dia geração converse!

sexta-feira, agosto 21, 2009

Mais Um

Mais um teste de Stop Motion (e Final Cut)! Desta vez começando a "construir" o set do primeiro curta! Além da jornada em aprender a editar tudo isso no final cut pra poder criar esses filminhos.

Starting the Dream from Vivi Arias on Vimeo.

terça-feira, agosto 04, 2009

Diálogos Incríveis: Aquele dos Ingleses

A long long time ago... um diálogo incrível numa galáxia distante.

Lisbela says:
Mano, o que me deixa mais puta da morte do Michael Jackson é eu não ser famosa! Porque se eu fosse famosa já podia estar trabalhando no filme da vida dele… Já sei até como ia começar o filme e como ia fazer o trailer promocional... que bosta!

Alberto - O "eu vi..." says:
Mas você não é famosa e podia ter feito o filme dos Mamonas... ou do Jean Charles. Agora já era.

Lisbela says:
sim... mas se liga que ridícula a cena: eu chego agora e faço um roteiro do filme da vida do MJ… aí apresento pra alguém... aí eles vão botar na mesa a pilha de outros roteiros de todas as outras pessoas famosas que já estão fazendo um filme e vão virar pra mim e dizer "e você é quem?"

Alberto - O "eu vi..." says:
porém... se o argumento for bom...

Lisbela says:
Eu já tinha que ser famosa antes dele morrer! bosta! Uma coisa é você entregar um dinheiro pra uma novata fazer um filme X qualquer que o argumento é bom… outra coisa é você entregar um dinheiro na mão de uma novata pra fazer o filme da vida do MJ!

Alberto - O "eu vi..." says:
Mas você vai fazer o filme ou o roteiro?

Lisbela says:
Os dois, claro.

Alberto - O "eu vi..." says:
É aí não rola.

Alberto - O "eu vi..." says:
Mas sabe nem acho que precisa ser famoso fodão pra fazer biografias... mas tem que ter feito alguma coisa boa antes.

Lisbela says:
Exato! E eu não fiz porra alguma! Devia ter pensado antes... vou fazer alguma coisa agora antes que o Bono morra.

Alberto - O "eu vi..." says:
faz um filme sobre o Roberto Carlos, po!

Lisbela says:
Se der tempo antes do filme do Bono. Pode ser uma boa pra ter no currículo. Um bom filme nesse esquema nacional...

Alberto - O "eu vi..." says:
O Bono é sem graça. Não tem nada, vida chata, todo certinho.

Lisbela says:
É nada ow! Deve ter vários podres que você pode trazer à tona!

Alberto - O "eu vi..." says:
mas aí você mata o cara!

Lisbela says:
Ele já vai estar morto...

Alberto - O "eu vi..." says:
Mas seu roteiro vai ficar por último no meio dos que falam que ele era legal, que era um jovem hiperativo, operou a garganta e resolveu ajudar o Brasil com a dívida externa.

Lisbela says:
que nada... até lá vai todo mundo querer que eu que faça o filme… tipo encomendado manja? um grandão de um estúdio vai ligar e falar: "Vivi, tava vendo aqui teu filme sobre o Roberto Carlos... magnífico. Você não quer fazer o do Bono não?". Aí eu faço um charminho só pra pintar de boneca e aceito semanas depois.

Alberto - O "eu vi..." says:
Acho que você precisa fazer algo antes. Mas não biografia… você pode fazer um filme sobre a guerra das Malvinas e fuder com aqueles ingleses de merda. Se ganhar dinheiro você deixa eu fazer meu filme sobre o cara que tem o poder de explodir todas as pessoas só com um clique do orkut?

Lisbela says:
Tu é argentino* mesmo né? Até raiva dos ingleses você tem!

Alberto - O "eu vi..." says:
Não tenho raiva dos ingleses... Só acho que eles podiam explodir! Não todos, claro. 50%.

Lisbela says:
É o que todos os argentinos dizem! "Não tenho raiva dos ingleses só acho eles uns bostas", "não tenho raiva dos ingleses só acho que se eles não existissem seria melhor", “não tenho raiva dos ingleses eu só ignoro que a inglaterra existe"…

Alberto - O "eu vi..." says:
Não, sou totalmente isento. Eles são legais. Fazendo música. De resto me devolve minha irmã e vai se foder!

FIM

* O personagem em questão é de fato argentino. Qualquer interpretação da frase acima como uma nova forma de ofender pessoas aleatoriamente é pura coincidência e não se deve ser levada em consideração.

quarta-feira, julho 29, 2009

This is Not a Love Story

"Boy meets girl. Boy falls in love, girl doesn't". Este é o anúncio feito logo no começo de 500 Days of Summer. Mais um filme que vai entrar para minha lista de filmes honestos que não são depressivos, e para a lista dos meus favoritos, claro. Daqueles que vou comprar o DVD e assistir novamente quando bater um "não sei o que".

500 Days of Summer conta a história de Tom Hansen e os 500 dias que passou apaixonado por Summer Finn.

Logo de cara o narrador avisa: "this is not a love story". E não é mesmo. 500 Days of Summer é sobre o dia que Tom conheceu Summer, o dia que Summer beijou Tom, o dia que Tom transou com Summer, o dia que Summer 'sonhou' uma vida a dois com Tom, o dia que Tom se apaixonou por Summer, o dia que Summer se apaixonou por Tom, o dia que Tom levou Summer no seu lugar favorito, o dia que Summer abriu parte do seu mundo para o Tom, o dia que as coisas deram certo, o dia de um sorriso sincero, os dias de cinema, os dias de chateação, o dia que Tom ama tudo sobre Summer, o dia que Tom odeia tudo sobre Summer, o dia que foi o começo do fim, o dia que Summer deu o primeiro sinal de fumaça, o dia que Summer terminou com Tom, o dia que Summer foi embora, os dias que Tom sofreu por Summer, o dia que os dois se reencontraram pela primeira vez, o dia que Tom esperou uma coisa mas viveu outra, o dia que Summer e Tom tiveram uma conversa honesta, o dia da última lembrança, o dia que a esperança acabou, o dia número 500.

Tom aprende que nessa vida não existe destino e sim coincidências, e aí vai da gente fazer dessas coincidências o que bem entender. Summer aprende a acreditar menos no poder das suas próprias decisões e passa a acreditar na força do destino. No final os personagens mudam de papéis, Summer passa a ser mais Tom e Tom passa a ser mais Summer, infelizmente na hora errada, depois que ambos seguiram os seus caminhos em separado.

Lá no fundo eu torci pra que eles dessem certo no final do filme, e quando não deram eu chorei. Bobeira minha já que o aviso tinha sido feito lá atrás: "this is not a love story".

Tem muitas histórias assim no mundo. Pessoas certas, na hora errada. Pessoas erradas, na hora certa.

"Just because you both like to do the same weird stuff doesn't mean she is THE ONE" diz a irmã 'pequena polegar' de Tom. Será?

Não sei mais se existe uma pessoa perfeita para cada um de nós, mas ainda não consegui desistir da idéia da "the one" também. Acho que o mundo está cheio de pessoas interessantes, cada qual com o seu lado branco e negro. E cada uma vai trazer uma experiência diversa na sua vida. Mas eu também sei que algumas pessoas simplesmente "feels like home". E essas pessoas são poucas, se não forem, quem sabe, únicas.

Afinal não é todo dia que você encontra alguém que pensa as mesmas weird stuffs que você, que sente a mesma dor, que você não precisa explicar porque um filme, um livro, uma idéia ou uma cidade te encantam ou atormentam. Daquelas que te sentem, porque lá no fundo elas sabem o que é ser você, e você sabe o que é ser elas. Sem "pré-conceitos", um ser humano que entende e olha para um outro ser humano como um igual, sem divisão de sexo, cor ou credo.

Sem a expectativa de encontrar a perfeição e ainda assim a encontrando.

500 Days of Summer é sobre todos os dias da vida, dias de alegria, dias de tristeza, os dias que a gente divide e se envolve e os dias que a gente foge. Os dias que a gente sabe, os dias que a gente aprende, os dias que a gente se arrepende, e aqueles que mudamos de idéia. Os dias que alguém é especial, os dias que esse alguém é tormento. É sobre os dias de cada um de nós. Os dias que somos Summer e os dias que somos Tom.

Se bobear você que está lendo esse texto aí já teve os seus "500 dias de alguém". Eu sei que eu já tive os meus.

quinta-feira, julho 02, 2009

Fake Plastic Trees

Uma certa vez alguém que eu não me lembro me disse: "aproveita bastante os seus 15 anos garota, depois que você passa dos 18 os anos começam a passar mais rápido". Na época eu lembro que nem dei assim tanta atenção, e como me foi avisado os anos começaram a passar depressa, um mais rápido do que o outro.

E cá estou eu, mais pra 30 que pra 20, esperando aquela iluminação que me foi prometida quando você vai ficando mais velho. Eu ainda não tive nenhuma. Não me lembro se foi Nietzsche ou Shopenhauer que não via a velhice como um espelho da sabedoria, mas do arrependimento e da frustração. Eu to mais pra esse lado da moeda.

Schopenhauer dizia que somente os dias de tristeza nos fazem recordar as horas felizes do passado. E que a tristeza é o único sentimento real e palpável, só a dor é definitivamente verdadeira. Vou citar abaixo um trecho bem interessante de Schopenhauer que estava lendo essa semana:

A FELIC1DADE É UM SONHO

Sentimos a dôr, mas não a ausência da dôr; sentimos a inquietação mas não a ausência; o temor, mas não a tranquilidade. Sentimos o desejo e a aspiração, como sentimos a sêde e a fome; mas, apenas satisfeitos, se acabam, como o bocado que, uma vez engolido, já não existe para o nosso paladar.

Enquanto possuamos os três maiores bens da vida, saúde, mocidade e liberdade, não temos consciência dêles, e só com a perda dêles é que os apreciamos, porque são bens negativos.

Sómente os dias de tristeza é que nos fazem recordar as horas felizes da vida passada.

À medida que os prazeres aumentam, nossa sensibilidade diminui; o hábito já não é um prazer.

As horas passam lentamente quando estamos tristes; correm rapidamente quando são agradáveis; porque a dor é positiva e faz sentir sua presença.

O aborrecimento nos dá a noção do tempo e a distração nos faz esquecer. lsto prova que a nossa existência é mais feliz quando menos a sentimos: de onde se deduz que mais feliz seríamos se nos livrássemos dela.

Uma grande alegria, assim não a julgaríamos se ela não viesse atrás de uma grande dor. Não podemos atingir um estado de alegria serena e duradoura. Esta é a razão porque os poetas são obrigados a rodear seus protagonistas de tristes ou perigosas circunstâncias, para no fim os livrar delas. No drama e na poesia épica, o herói sofre mil torturas: nos romances os heróis lutam pondo em relêvo os tormentos do coração humano.

'A felicidade não passa de um sonho - dizia Voltaire, tão favorecido pelo destino? - a única realidade é a dôr'.

Há oitenta anos que a experimento e nada faço senão resignar-me e dizer a mim mesmo que as môscas nasceram para serem comidas pelas aranhas, e os homens para serem devorados pelos desgostos".


Ando pulando de livro em livro últimamente, tentando achar uma resposta para a felicidade e para a dor. Tentando encontrar uma solução para fugir das fórmulas pré estabelecidas que esta vida nos impõe no momento em que nascemos, e só nos libertamos quando a morte vem. E mesmo da morte o ser humano achou um jeito de criar fórmulas: se você for bonzinho vai pro céu, se for malvado vai pro inferno.

Por que essa mania da sociedade em querer colocar marca em tudo? Ou você é bom ou mal. Ou é gente boa ou não tem amigos. O que você faz da vida te define como pessoa. Você nasce e tem que ir pra escola estudar. Aí cresce e tem que casar e ter filhos. Depois você vive a vida inteira tentando fazer dinheiro para sustentar todos os gastos que você tem no mês para comprar coisas que você no fundo não precisa. Então você acaba entrando dentro do círculo vicioso de ter coisas materiais para poder ser definido por elas. Porque? Pra que viver a vida preso a coisas que você na verdade não precisa? Que se não fossem por elas você estaria livre para ser quem você realmente quer ser. Por que temos que seguir o "caminho natural das coisas". Por que você precisa casar antes dos 30, ter filhos antes dos 35, comprar uma casa e pagar juros pro banco antes dos 40, e passar o resto dos seus dias escravo do seu trabalho, da sua rotina, da sua conta poupança.

E no meio disso tudo você tem que ter uma carreira. Tem que ser importante, virar alguém nessa vida. Tem que ter um título bonito, tem que ser responsável, tem que saber o que quer da vida aos 18 anos quando escolhe uma faculdade pra fazer.

E nadar contra essa corrente é tão complicado. Os caras que combinaram esse esquema mirabolante são genais! Conseguiram escravizar um mundo inteiro. Como um guerreiro solitário vence uma guerra contra um exército infinito? Eu sei que não estou sozinha nos meus pensamentos, me junto a muitos outros que pensam o mesmo. Mas claro, não gostamos de nos unir a nada, por isso seguimos nossas angústias em separado.

E como que a gente faz para seguir uma vida de acordo com as nossas crenças sem ficar solitário para sempre? Ou será que o caminho é mesmo seguir o nosso destino em silêncio, parar de gastar energia nadando contra a maré, aceitar o papel que lhe cabe nesta vida e ler as linhas do roteiro que te deram ao nascer?

Não quero acreditar que a vida é assim mesmo, feita de mentira, como uma plantinha de plástico que nunca morre, nunca cresce, nunca cheira, nunca nada...

Como viver num mundo insano fingindo que se é são?

domingo, junho 28, 2009

Nós Somos o Mundo

Por onde você anda desde quinta-feira passada. Se liga a TV, o rádio, ou se conecta na Internet. Nas conversas nos bares, nos restaurantes, na fila do cinema, na livraria, na balada. Em casa olhando a sua coleção de CDs. Quando liga pra conversar com a sua mãe. Não importa onde você esteja, em que país esteja, se é branco, mulato, preto, amarelo, bronzeado ou albino. Se fala português, inglês, francês, italiano, ou um dos dialetos do Mandarim. Você está escutando, lendo, vendo e pensando na morte de Michael Jackson.

Santo e Diabo. Do bem e do mal. Com sérios problemas de Ego e inseguranças. Louco e gênio. Se molestava criançinhas ou não. Da infância difícil ao estrelato, à loucura. Ele viveu intensamente, teve fama e respeito e perdeu ambos com as acusações de abuso sexual. Sua vida foi difícil e prova as glórias e os martírios que esse mundo impõe àqueles que ousam viver ao extremo.

Existem muitos Michaels na cabeça de todos nós. O Michael que foi o herói da minha geração e o Michael que foi o insano da minha geração. E para cada um de nós ele deixa algo diferente. Até da morte ele fez o seu último show, e que show. Até na morte ele deixou perguntas e sentimentos diversos.

Não importa se você acredita que ele morreu ou está lá em Memphis com o ex-sogro, o Rei do Rock, curtindo a paz de espírito que pessoas tão controversas devem sonhar todos os dias, você tem um Michael que vai ficar guardado aí dentro de você agora.

Independente da minha opinião sobre os porquês da sua loucura, e se ele cometeu ou não os crimes que foi acusado, o Michael que eu vou guardar pra sempre em mim é o artista impressionantemente dotado, que criou e deixou nesse mundo as palavras abaixo. Podem me chamar de piegas, mas a morte é piegas. E 24 anos depois do seu lançamento, essa música ainda me faz chorar. 24 anos depois, ela ainda é tão urgente, tão necessária, tão verdadeira e atual. E por isso é uma obra de arte, porque é imortal.



E por isso eu agradeço mais uma vez. Obrigada por tudo que deixou por aqui MJ. Onde quer que você esteja, espero que a vida seja mais leve. Espero que tenha encontrado o que estava procurando.

E pra quem quer a letra, aqui vai, traduzida:

Chega um momento,
quando ouvimos um certo chamado
Quando o mundo tem que andar junto como um só
Há pessoas morrendo
E está na hora de dar uma mão à vida
O maior presente de todos

Nós não podemos continuar fingindo todos os dias
Que alguém, em algum lugar irá mudar
Todos nós somos parte da grande família de Deus
É a verdade
Você sabe que o amor é tudo que nós precisamos

Refrão:
Nós somos o mundo, nós somos as crianças
Nós que fazemos um dia mais brilhante
Assim comecemos nos dedicando
Há uma escolha que nós estamos fazendo
Nós estamos salvando nossas próprias vidas
É verdade que nós faremos um dia melhor, só você e eu

Lhes envie seu coração assim eles saberão que alguém se preocupa
E as vidas deles serão mais fortes e independentes
Como Deus nos mostrou transformando pedras em pão
E por isso todos nós temos que dar uma mão amiga

Refrão

Quando você está acabado, e não aparece nenhuma esperança
Mas se você acredita que não há nada que nos faça cair
Nos deixa perceber que uma mudança só pode vir
Quando nós nos levantamos juntos como um só

Refrão (quatro vezes)

And They Did it Again!!

O pessoal daquela prisão nas Philipinas fizeram de novo!! Desta vez em memória do Michael Jackson! Vale a pena assistir até o final!

sábado, junho 27, 2009

Brincando de "Alta Fidelidade" - Parte III

Top 5 das músicas de MJ que não dá pra escutar e ficar parado (na minha opinião e sem contar os Jackson Five):

1. Thriller
2. Smooth Criminal
3. Beat it
4. Billie Jean
5. Black or White

(extra: 6. Bad! 7. Don't stop till you get enough. 8. Remember the Time. 9. They Don't really care about us. Fazer top 5 nessa categoria fica foda).

Mais um! Mais um! Mais um! Don't stop till you get enought! Mais um vídeo!

Brincando de "Alta Fidelidade" - Parte II

Top 5 dos maiores funerais da história até o momento (na minha opinião e sem contar o de MJ):

1. Lady Diana
2. Airton Senna
3. John Lennon
4. John F. Kennedy
5. Rainha Elizabeth-mãe (o lance durou sei lá uns 13 dias)

Deixe o seu Top 5! E claro, mais um vídeo da série recordar é viver!

sexta-feira, junho 26, 2009

Brincando de "Alta Fidelidade", em Memória de Michael Jackson

Top 5 artistas do mundo da música cuja morte terá um impacto tão grande quanto a de Michael Jackson (na minha opinião):

1. Madonna
2. Prince
3. Bono Vox
4. Bob Dylan
5. Paul Maccartney

Mande o seu Top 5! MJ, valeu por tudo!

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High Fidelity Moment in Memoriam: Michael Jackson

Top 5 artists whose death will be as huge as Michael's one (my opinion):

1. Madonna
2. Prince
3. Bono Vox
4. Bob Dylan
5. Paul Maccartney

Leave your Top 5!! Thanks for all MJ!

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E para relembrar, um clássico revisitado:

domingo, junho 21, 2009

Aprendendo Stop Motion

Pois é, isso mesmo! Lancei o desafio: fazer um filminho em stop motion com o que eu conseguisse animar numa tarde de Sábado.
Aqui está o resultado! Fiz uma edição das sequências que animei, com direito a música e tudo mais.



Ainda está tosco, mas pra quem começou hoje até que está valendo. E aproveitando a deixa, agora também tenho um espaço no Vimeo! O endereço é www.vimeo.com/viviarias.

quinta-feira, junho 18, 2009

Passando pra frente!

Eu fiz a minha parte. Eles precisam de 15,000 views. A música é linda, e as imagens e a técnica muito boas!


terça-feira, junho 16, 2009

Duas vidas...

Essa semana estava assistindo novamente na TV o filme "Into the Wild", que no Brasil foi traduzido como "Na Natureza Selvagem", o que na minha opinião não faz juz ao significado do nome em inglês. Explico. O nome em inglês não faz menção somente ao fato de o personagem estar solto na natureza selvagem, mas sim solto por completo dentro da sociedade, corpo e mente, como um animal que corre livre na vida, desligado de qualquer prisão financeira ou emocional com o mundo, com as pessoas e com os conceitos.

Deixando à parte a opinão pessoal de cada um quanto à verdadeira essencia do personagem principal, o filme em si é muito bom. Como experiência cinematográfica e como experiência de vida, que se coloca em prática enquanto você está na sala do cinema. A história cresce, os personagens são verdadeiros e humanos, e todos se transformam, nada permanece da maneira que começou.

Falando de cinema a experiência é completa. A trilha sonora é perfeita, a fotografia é transcendental, os personagens são reais; vivem, respiram e crescem.

Eu sei que a minha experiência em Atlanta, a cidade em que Alexander Supertramp vive no começo do filme entre livros e angústias num apartamento minúsculo, me fez muito mais próxima da história. O começo do filme me transportou para o meu apartamento minúsculo na mesma cidade, sozinha com os meus livros. Quem chega por aqui nestas condições entende das glórias e dos martírios que uma cidade tão solitária traz para a cabeça daqueles que sonham demais.

Em um momento da história Alexander Supertramp diz que se aceitarmos que a vida deve ser regida somente pela razão, então toda a possibilidade de vida estaria automaticamente destruída. Se a vida tivesse que ter um significado, e as escolhas que fazemos tivessem que ter um porquê, trilhar um determinado caminho perderia todo o sentido. Pois a grande aventura de uma jornada é sentir a liberdade de seguir adiante sem saber direito o "porque" pré estabelecido ou o que vem a seguir. E aí sim sentir o novo a todo momento, pois este é o principal alimento da raça humana.

Em um outro momento ele afirma que nesta vida mais vale se sentir forte do que ser forte. E em um trecho do filme ele encara a si mesmo pela janela de um bar em Los Angeles. Ele vê através do vidro a sua outra vida, o que ele seria se tivesse escolhido um caminho diferente. De alguma forma engraçada a vida coloca essa piadinha sem graça de tempos em tempos no nosso caminho, onde temos que enfrentar as escolhas que fizemos e comparar a nossa vida atual com a outra vida, a passada. E as duas vidas ficam cara a cara naquele instante, aquela que rejeitamos no passado quando escolhemos um caminho diferente aparece para cobrar o preço da escolha.

E assim segue o filme, um emaranhado de filosofia, cinema e literatura. E no desfecho a beleza da lição aprendida. Depois de tantos tapas na cara a cada linha do roteiro, a cada desprendimento do personagem a tudo e a todos, Sean Penn (o diretor e o roteirista) e Jon Krakauer (o escritor do livro) nos apresentam a maior de todas as lições que Alexander Supertramp tirou dessa vida, e nós, graças a eles, tiramos na sala do cinema: felicidade só é real se é dividida com alguém.

Existem sempre duas vidas na nossa história, aquela que vivemos: passado e presente, e aquela outra do "e se" que nunca vamos saber ao certo onde daria. Mas essa é uma das trágicas magias da jornada de cada personagem nesse mundo tão grande, onde tudo está sempre tão perto e tão longe.

Eu ando conversando muito com o Alexander Supertramp que existe dentro de mim. Tentando decidir que rumo seguir depois desse tanto divagar, esperar, estudar, ler, sentir e sofrer. Mas as duas vidas que se apresentam na minha frente ainda continuam confusas, nebulosas e distantes.

"Algumas pessoas acreditam que não merecem o amor, e por isso elas andam no silêncio dos espaços vazios, tentando fechar os buracos do seu passado". Quem sabe seja isso. Ou quem sabe sejam as eternas perguntas de sempre: quem somos? o que fazemos? pra onde vamos? Ou ainda quem sabe seja mesmo que o amor por todas as coisas desse mundo não é um sentimento, mas uma habilidade. E nós estamos sempre tentando aprender, não importa em qual das duas vidas.

Filme do dia_"Into the Wild" by Sean Penn
Música do dia_"Rise" by Eddie Vedder
Frase do dia_ "Rather than love, than money, than faith, than fame, than fairness... give me truth". Thoreau

sexta-feira, maio 15, 2009

As Mentiras que as Pessoas Contam

Ontem tive uma conversa interessante sobre diversos assuntos da vida com a Carolzinha. Interessante e reveladora.

Estávamos conversando sobre algumas das enrascadas da vida a dois e os conflitos gerados pelas mentiras que as pessoas contam. Não somente as mentiras que o seu parceiro(a) conta pra você e as que você conta pra ele, desses perigos nós já sabemos de velho. Mas as mentiras contadas nas conversas, nos círculos sociais, na televisão, no cinema e nos livros de auto ajuda entre outros.

Hoje em dia vivemos na constante luta contra o medo de ser considerado um perdedor, um nerd, um loser. Ninguém quer ser o camarada que está numa roubada, ou aquele que vira a conversa da mesa quando levanta antes dos demais acabarem a refeição.

"Puta que roubada que o Gernival se meteu hein? Ele é um trouxa de não dar um basta nisso".

Por isso o seu fim de semana nunca foi um saco. Sua viagem de férias? É claro que foi perfeita! Aquele curso que você fez? Um espetáculo! Você faria todas as escolhas que fez na vida novamente? Lógico, eu sou um vencedor!

Tudo bem, as vezes você se deu bem mesmo. Bom pra você! Mas nem sempre, e é no "nem sempre" que estou interessada no dia de hoje.

E quando a vitória não vem, a convivência social vira um joguinho de "contar vantagem". Do quem fez mais, viveu mais, zuou mais, aproveitou mais. Mesmo que metade disso seja lorota da velha, não tem problema. Você não quer é ficar de fora, claro.

E é aí que entra a disputa do quem mente mais nas rodas de buxixos. E no final do dia quando você vai pra cama e coloca a sua cabeça no travesseiro, viver a sua solidão fica pesado demais. E daí do que vale a convivência social se não se tira nada de substância e verdade dela?

Tantos casais perfeitos por aí, que descobriram a cura pra monotonia, pro aborrecimento, pro problema não conversado, pros dias que não há papo, pras questões do passado mal resolvidas e tantas outras coisas que se acumulam na vida a dois. "Quer saber? Na minha vida tudo é tão mágico que até o meu último relacionamento terminou absolutamente perfeito e nossa história vai virar um filme". No regrets.

E você? O que está fazendo de errado então?

Na verdade é tudo mentira. Todo mundo tem problema. Não existe romance ideal. Não existe "e foram felizes para sempre" ou "feitos um para o outro". Todo casal vive a monotonia de não querer acordar e olhar na cara um do outro um determinado dia, ou de uma noite em que não há papo, ou brigas por motivos idiotas, brigas por problemas grandes, o momento que você se anula, o momento que é a vez do outro se anular, e ainda por cima depois de tudo isso vem a questão "quem vai lavar a roupa hoje?".

Todos os casais vivem a incerteza de quanto tempo a mais ainda existe pra se viver junto. Por que certeza mesmo ninguém tem. E se você diz que tem é porque mantém o seu respectivo amarrado no porão de casa a pão e água. O mundo está cheio de pessoas interessantes prontinhas pra destruir o seu relacionamento perfeito. E se existe uma única certeza é a de querer continuar trabalhando num relacionamento ou não.

Claro que existem as pessoas que não deveriam estar juntas e ponto. Mas no final do dia, quem somos nós pra julgar? Em briga de marido e mulher não se mete a colher, não é mesmo? Por que ninguém nunca vai saber o verdadeiro peso ou alegria de viver dentro do seu relacionamento.

Agora tirando as pessoas que não deveriam estar juntas da história, como ficam os jovens casais que estão tentando se entender? De onde você tira forças pra acreditar que vale a pena passar por uma fase difícil? Como que a gente descobre isso? Tem sempre um "primo do melhor amigo do colega de trabalho da minha mãe" que passou pelo mesmo que eu e acabou em casamento. Mas tem sempre o outro que teve que sair da história com uma mão na frente e outra atrás. E aí que caminho você toma?

"Mas quando se ama alguém tudo se resolve". Ah é? E como você me explica tantos casais por aí que se amam mas não conseguem viver juntos? O amor vence sozinho no final? Eu acho que não. Só amor não segura casamento. Não existe uma receita deliciosa que é feita com um só ingrediente.

A turminha do chega disso pode até dizer "pára de se preocupar com isso, você deveria é ficar solteira que é jovem e bonita". Mas e se você estiver jogando pro alto a pessoa que você deveria estar junto por causa da ilusão idiota de que a vida a dois não deveria ter problemas? Quem é que pode dizer que você não conheceu mesmo o homem da sua vida aos 19 anos, mas vocês eram muito jovens pra se comprometer?

Nesse exato momento você querido leitor pode estar pensando "Xiii, o que será que está acontecendo com ela? Será que ela está bem? Iiii melhor dar o fora, hein?".

Já respondo de antemão abaixo a teoria da conspiração caro leitor. Está tudo bem, eu só estou tentando encontrar a verdade, ou uma resposta pelo menos satisfatória para as questões que a gente enfrenta quando decide virar adulto. A mesma verdade que você aí dentro de si sabe que existe. Tem dias que você não sabe o que pensar dessa coisa de viver a dois. E esse texto é sobre esses dias. Sobre a angústia de querer fazer a escolha certa sem saber se esse é um daqueles casos de sucesso, ou mais um dos tantos casos em que escolhas erradas foram feitas na hora errada e minaram o romance "ideal". E dentro de um relacionamento até as pequenas escolhas são grandes escolhas.

Vai ver que o problema disso tudo é a famosa angústia de ser adulto. E tem dias que ser adulto cansa. Ou talvez o problema é não saber se existe mesmo uma solução pro "e foram felizes para sempre". Se há como fazer ele acontecer ou se a Disney ferrou com as nossas vidas para sempre. E um culpado a gente já conhece faz tempo: a expectativa.

A expectativa é tão perigosa num relacionamento quanto a mentira e a desconfiança. Nenhuma expectativa será alcançada, e você vai perder um momento "mágico" porque estava esperando uma coisa diferente e só. Simples assim.

Então no final das contas será que a gente só se fode ou é a gente que fode com tudo? Essa é uma das frases a se pensar... E não se esqueça, pensar enlouquece!

Filme do dia_ "Antes do Pôr-do-Sol" by Richard Linklater
Música do dia_"Why" by Annie Lennox & "Lies" by Glen Hansard
Frase do dia_ "I think it's time we give it up and figure out what's stopping us from breathing easy and talking straight"

segunda-feira, abril 20, 2009

Unspoken...

Life goes on and I keep forgetting to be grateful for what it’s true. I keep lying to myself every single day relying on what strangers have to say about me, about what I like, about what I want, about who I am. Always waiting on something in life, never on the right place, always on the rush.

I keep forgetting there is only one today, only one road that I can follow at a time. I keep forgetting what is important to me doesn’t matter what everybody else thinks or believe it’s right or wrong. My dreams can only be mine, nobody else’s.

Life goes on and I keep forgetting to enjoy the simple pleasures in life. The simple things I’m always trying to capture on my pictures, are what lacks in my perception of my daily routine. The single happiness. The moments that passes me by so fast and they never come back again.

I miss you like I’ve never missed anything else in my life. And I don’t know how to deal with a feeling like this.

I wish I had done so many things different now.

I wish I had woken up earlier that Sunday, I wish I didn’t care about the house being a mess all the time. I wish I didn’t complain that my time was being consumed or the fact I couldn’t watch a movie without stopping every 10 minutes to take care of you.

Now I just “wish”, that’s all I have left. I wish I could go back in time, I wish I could change something.

I look inside me, to my own pain, and I look around to the world’s pain. There are so many things that are wrong and we don't know about it, because they don't cross our way during the day. You have no idea you made me realize that.

And all I can do right now it’s one of the thousand things I still haven’t learned in my life…. To have some hope.

I hope I can see your lovely eyes looking at me again one day. I hope you can still wake me up so early next Sunday. I hope I will never watch an entire movie ever again if the reason is you. I hope you find a way to come back home.

You were born to live a big adventure in this wild and dangerous world. I know how it feels, we have that and so much more in common.

You are somewhere out there looking for me. In my dreams I always find you. I will never stop looking for you my entire life. You are so much more than just a dog.

I promise I will never leave anything unspoken ever again.

You are the little dog with big dreams and I will never learn how to say goodbye to you. Thank you for being so true all this time. Thank you for the lessons you leave behind.

O que você gostaria que acontecesse até o fim do dia de hoje?

Eu gostaria de ter o meu Tarzan de volta...

sexta-feira, abril 10, 2009

A black and white movie...

Because love is the only international language I know...

"The day you left there was a big tornado warning on the TV. You were still at the airport. Maybe your flight was delayed. And I was with the wine glass. Thinking why wasn’t I ever important to you as you were for me. Or important enough for you to jump in.

You never jumped and I ran away.

I’m writing a story for you. It’s not ours, or maybe it is if we had both stayed. I want to make it very special. Maybe then I’ll be able to let you know of everything I don’t understand. Why these ghosts keep hunting me over and over. Maybe I’m getting too much to drink lately. But maybe this story will bring us to an end. Or make us happen.

I wish I didn’t think of you anymore. I wish this shadow that keeps the sun away could finally disappear out of my life.

I think it’s in your eyes. The way you look at me. Or used to. It was like you where looking at a piece of art hanging on the wall of a small museum somewhere far. One of those paintings so simple that you don’t know why they make you fell like that. I was your piece of art. Not anymore. Or you are a hell of a faker.

These memories of home keep me awake in the night. I get more and more homesick when I look at your pictures. They come and go and I need to pretend it’s all okay. You’re in all of them. I close my eyes and see a street we are the only ones that know it. That street, our street.

I know you don’t deserve it.

There are two of you inside me. The one I know alone, and the one I know from others. The one I know from others is the one that sent me away. The one I know alone is the one that locks me in the past. And I can’t decide which of you I will keep inside of me forever as my memory.

I know you will never read the story I’m writing for you. You erased me out of your life like I’ve never been there before. When we see each other you still smile for a second like you used to, like the painting, then you remember I’m not there anymore and you stop. And we just talk about causalities.

But we were always a mess anyway. We were always a black and white movie.

Maybe this is our final goodbye. All I can wish right now is that one day you will read the story, and you will think it’s beautiful.

Tomorrow the tornado will be gone, so will you..."

sexta-feira, abril 03, 2009

Uma segunda chance...

Se você pudesse dar uma segunda chance para uma história de amor acontecer, qual história você escolheria?

terça-feira, março 31, 2009

Diálogos Incríveis: Aquele do teste de TOC

O mesmo MSN, as mesmas amigas...

Lisbela says:
Meu, o site da minha psicóloga tem uns testes pra você fazer e descobrir o que você está passando...

Carolzinha says:
Nossa! Passa pra mim o link!!

(alguns minutos depois...)

Carolzinha says:
"Pontuação superior a 14 é sugestiva de Transtorno Obsessivo-Compulsivo".

Carolzinha says:
eu fiz 16... A gente zoa tanto com esse negócio de TOC que eu to achando que ele é real.

Lisbela says:
Foda então... eu fiz 16 no de depressão!

Carolzinha says:
Bom... é melhor ter TOC do que hepatite!!

Lisbela says:
Totally!!

(alguns outros minutos depois, a conclusão...)

Carolzinha says:
Mas é mano... Se eu descobrir que o meu problema é todo na cabeça eu vou ficar muito feliz!

sexta-feira, março 27, 2009

porque toda sexta eu tenho um não sei de alegria e depressão...













Queria saber quanto pesa o adeus.
Queria conhecer quem inventou o tempo.
Queria medir quanto dói uma saudades.
Queria saber se quando a maré volta a ficar alta vale a pena.
Queria a resposta se tem vida mesmo depois de tudo isso.
Queria saber onde se chega depois desse tanto navegar.
O que vem depois de sonhar?
Queria saber do que é feito o arrependimento.
Queria viver longe do descontentamento.
Queria saber se a gente pode salvar o abandono. E se não dá, por que existe?
Queria saber distinguir o certo do errado.
Queria entender que o combinado não sai caro.
E quem sabe fazer valer...
Queria achar uma cura pra angústia.
Queria conhecer quem inventou o antidepressivo. E perguntar: cadê a cura?
Queria viver o hoje.
Queria jogar a bola pra frente.
Do amanhã não se é certo, e quem sabe não conta pra gente.
Queria conhecer quem escreveu o primeiro livro.
Queria escutar ao vivo a primeira poesia.
Queria saber fazer um filme.
Então tudo bem, porque eu também passo por isso.
Queria que visitar o passado pudesse resolver o presente.
Queria aprender a ver as coisas depois da tempestade.
Queria que parasse de chover por um mês inteiro.
Um pouco de sol na minha alma.
A vida é feita de perguntas sem respostas, e eu queria saber o porquê.
Quem foi que inventou o karma?
Quem é que cuida do nosso destino?
Será que quando eu falo, você ainda consegue me escutar?
Porque eu ainda te escuto...
Eu queria saber.

O que estou escutando?_The Swell Season by Glen Hansard & Marketa Irglova.
Por que?_ porque é instrumental.
Se fosse um filme qual seria?_ The Diving Bell and the Buterfly.
Uma frase pra fechar o dia_ "e não é a dor que me entristece, é não ter uma saída nem medida na paixão".

segunda-feira, março 09, 2009

Diálogos Incríveis: Aquele do "não, não vou"

Numa segunda-feira à tarde, no Skype...

Lisbela says:
Meu, assim, as vezes eu fico lendo coisas do passado no blog e não me faz bem...

Carolzinha says:
hum... eu sei...

Lisbela says:
assim, eu fico lendo esses textos muito loucos e fico achando que a minha vida era bem melhor aí em SP. O que não é verdade... Mas ai fico pensando que é.

Carolzinha says:
É florzinha, mas não é verdade.

Lisbela says:
EU SEI! Mas fico achando que é.

Carolzinha says:
Ah florzinha... eu sei... eu tb vou me sentir assim quando mudar pro canadá...

(silêncio)

Carolzinha says:
Não, não vou...

segunda-feira, março 02, 2009

Everybody's gotta learn sometimes...

Dentre as infinitas partes que me emocionam no filme Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças existe uma em particular, bem no finalzinho, que me veio à mente agora, enquanto espero a hora de voltar pra casa. Quando a personagem de Kirsten Dunst descobre que já viveu uma história de amor com Howard, o dono da clínica na qual ela trabalha e que apaga a memória daqueles que querem simplesmente esquecer.

Ao descobrir que ela sofreu o procedimento e perdeu todas as memórias da sua história com ele, ela pergunta a um colega de trabalho: How did I look?, ele responde, “happy, with a secret”.

Tem muitas coisas neste filme que me fazem ponderar sobre a vida, o passado e as desilusões que já vivi. Dentre tantas conclusões espetaculares há uma em particular que me encanta: todos nós já fomos, em algum momento do nosso passado, um personagem dele. Você já “apagou” alguém por impulso, foi “apagado”, ou já foi o “médico” que ajudou a “apagar” alguém. E todos já fomos a personagem que se pergunta ao final da história “Did I look happy?”. Você não se lembra mais.

Esta história de incluir uma máquina que apaga memórias no filme foi a licença poética de Gondry para exemplificar a dinâmica do final de um relacionamento. Esta e muitas outras metáforas geniais durante o filme.

Você quer esquecer, virar a página e com a frieza de um cartão amarelo que chega pelo correio pedir a todos que “por favor, não comentem mais sobre esta pessoa na minha presença, ela foi apagada da minha existência”. Genial a metáfora dos cartões amarelos. E mais genial ainda fazer com que o personagem principal leia este cartão, é com essa mesma frieza que recebemos a notícia de que não fazemos mais parte da vida de alguém.

Existe um outro trecho cheio de significado, quando Joel está apagando a sua última lembrança de Clementine e ele tem uma conversa com ela totalmente fora da sua memória, já que na história real ele foi embora e por isso não existe nenhuma lembrança deixada para trás.

Clementine pede para que ele fique desta vez ou pelo menos lhe conceda uma despedida, para que eles finjam por um dia que tiveram uma. Ele atende ao pedido de Clementine e concede um último adeus, criando um novo final para a história dos dois, na casa de praia em que eles se conheceram, cheia de neve ao redor.

No carro ele diz para os amigos que Clementine “was just a girl”. Todas as pessoas que mudam a nossa vida foram no começo “just someone”. E é lindo assim, porque é tão simples.

Para todos aqueles que escolheram esquecer e para todos aqueles que não temem recordar.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Só sei que nada sei...

Eu não sei mais escrever. É verdade.

Com todas essas mudanças gramaticais na língua portuguesa eu não sei mais escrever. Nada contra a aposentadoria do trema, eu nunca coloquei trema nas coisas de qualquer maneira pra ser bem honesta. Acho válida a explicação da necessidade do trema nas palavras, mas inútil na teoria, como a maioria das coisas, em tese. É bonito escrito e uma bosta no dia a dia. Fora que essa história de trema já tinha "morrido" fazia um tempo, só adicionaram na lista de mudança pra fazer número.

Mas as demais mudanças achei inúteis. Só complicou pra quem já saiu da escola. Pra quem ainda está aprendendo tudo bem, mas pra quem já virou adulto (um certo mau uso da palavra "adulto", concordo) só piorou. Agora tudo que levava acento não leva mais e fica parecendo errado. Como escrever paranóia sem acento? Ou heróico? Velho, tá errado sem acento!!

Antes eles tivessem abolido todos os acentos num geral! Aí sim essas novas regras viriam para o bem! "Abaixo a ditadura dos acentos!" Nessa to dentro. Agora ter que ficar pensando se a palavra é um ditongo aberto, paroxítona, ou uma forma verbal que tem acento tônico na raiz, é pedir muita consideração para pouco retorno.

Fora que no ofício onde todas as mudanças são listadas tem palavra escrita errada. Não aboliram o acento circunflexo no "têm", agora não virou "teem"? Então porque no anúncio oficial listando as alterações gramaticais na língua portuguesa vem escrito "têm" com acento? Pra confundir ainda mais? Queria ver o que o pessoal do Estadão anda fazendo agora.

Da minha parte eu não vou mudar nada. Vou continuar escrevendo como me ensinaram na escola, com os erros gramaticais que diferenciam a minha pessoa dos demais. Pouco me importa quem anda com pouco trabalho e resolve ficar fazendo mudanças de última hora numa língua que já tem 724 páginas de regras gramaticais e 5.783 excessões pra cada uma dessas regras.

E por falar em acentos, o que acontece com o único acento que poderia de fato ser abolido: crase!? Ninguém sabe como usar de verdade, e ainda assim continua em vigor.

Acho que isso tudo faz parte do esforço de incluir a gramática na lista de coisas que não podem ser levadas a sério no país. Se tantas regras são ignoradas pelos brasileiros, porque não incluir as gramaticais? Mais uma pra fazer número na lista!

quarta-feira, janeiro 14, 2009

O ontem, o hoje e o sempre


Eu encontrei uma nova música favorita. Mais uma pra trilha sonora do filme que eu ainda não escrevi. Quando isso acontece é um dia bom. Fiquei olhando os estranhos caminhando pela rua da janela do meu carro. Bom dia estranhos, a manhã começou bem.

Fiquei pensando que foi por que eu joguei fora um copo de flores que um anônimo deixou na minha mesa. Desde então as coisas começaram a melhorar. O mundo voltou a ficar mais claro, mais leve, encontrei uma música favorita nova e sorri para uma estranha no elevador chegando no trabalho. Foi um sinal. Sorrir para estranhos é sempre um bom sinal.

Mas no final das contas é a música. Eu comprei o album inteiro só por causa da música. Eu sempre faço isso. Não gosto de músicas solitárias perdidas no meu IPod. Uma música merece estar dentro de um contexto. Ela faz parte de uma história. É como assistir a somente 5 minutos de um filme inteiro. É uma parte sozinha.

É uma parte solitária, como o ontem.

Agora sim eu achei um nome pra este filme. "O ontem, o hoje e o sempre"...