segunda-feira, janeiro 07, 2008

Love in the Time of Cholera

Encontrei esse texto perdido por aí. Mais um da série 'escrevi mas não mandei'...

"Querido estranho amor, adeus.
Me despeço com dor e nó.
Assim vou, assim te deixo ir.
Sem mais explicações, sem mais palavras vazias.

Falamos demais, fizemos de menos,
o tempo passou e aqui estamos nós, partindo.
Imaginamos, não vivemos.

Por enquanto sofro.
Por enquanto ainda choro.


Saibas que com o tempo me arrependerei,
das noites sofrendo sem saber do seu amor,
das esperanças não correspondidas,
dos sonhos de menina desperdiçados, despedaçados.

Querido estranho amor, adeus.
Estas palavras sei que nunca irás ler.
Quando souberes do meu adeus,
há muito não existirei mais em ti.

Você esquecerás (já esqueceu?) e encontrarás um outro alguém.
Rasgarás minhas palavras, minhas fotos.
Rasgarás as memórias de nós dois.
Farei o mesmo. Somos assim.

As nossas mensagens não significarão mais nada para ambos,
as boas lembranças darão espaço ao arrependimento,
e por fim não saberemos mais um do outro.

Me esqueças, se já não o fez. Esquecerás do bem que te fiz.
Será ódio, será rancor, será esquecimento.
E então partiremos sem dizer adeus.
E partimos.

Você não olhou para trás, eu fingi que não me importei.
And we called it a day.

Querido estranho amor, adeus.
Desculpe-me se lhe machuquei,
mas amar só assim sei.

E seguimos o nosso destino em direções opostas, distantes.
Seguimos para um novo amor,
em busca de um novo alguém,
a caminho de um novo adeus.

Boa sorte a você. Boa sorte para nós."

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